DE PASTOR PARA PASTOR
INTRODUÇÃO
Mesmo sendo uma realidade tão palpável,pastores do mundo inteiro tem buscado por novas idéias e percepções e os mesmos tem compartilhado essas idéias com os interessados a fazerem algo realmente valioso.
Entre essas idéias uma é no mínimo difícil para nós pastores: Aprender e desaprender cada vez mais coisas e mais depressa.
Temos muitas informações,mas precisamos selecionar as melhores idéias do momento.
Precisamos de uma ação conjunta entre os pastores,pois uma igreja saudável necessita de pastores saudáveis para um vida espiritual eficaz e eficiente.
Independente das grandes mudanças,precisamos melhorar o desempenho pastoral e atingirmos resultados positivos que afetem aqueles à quem representamos: A Igreja
Não precisamos definir uma missão,pois já a temos,ela nos foi dada por Jesus ( Mateus 28:19-20 mas eu incluo os textos de Isaías 61,confirmada por Jesus em Lucas 4 ),mas é inegável que precisamos redescobrir a visão motivadora que nós pastores perdemos dessa missão.
Infelizmente,nós pastores esquecemos que nosso papel nessa missão é sempre voluntário,e o que mais atrai e retém voluntários é uma missão clara.
A Igreja precisa saber o que buscamos e como pretendemos alcançar tal objetivo.
Numa época de incertezas tudo parece ser transitório,mas há verdades que podem fazer uma igreja próspera:
1. Pastores capazes de administrarem olhando para a missão
2. Fundamentos absolutos,pois estratégias e táticas mudam
Mais do que nunca o "ser " é mais importante do que o "fazer",pois são a qualidade e o caráter que definem um bom pastor
Uma igreja prospera mediante a ação do Espirito é lógico,mas também mediante a disponibilidade dos pastores.Como pastores precisamos formar uma força de trabalho motivada e produtiva e isso exige ultrapassar as fronteiras internas e externas da igreja,investir em pessoas e em recursos, mostrando a necessidade de compromisso pessoal com a missão.
Jamais podemos esquecer que nós pastores,usando a boa colocação de Nietzsche, somos "pontes e acessos" jamais algo final.Num mundo onde as fronteiras estão sumindo,cabe à nós pastores construirmos uma igreja coesa dentro e fora dela,investindo nos relacionamentos,transmitindo a visão que estabeleça uma comunicação fora da nossa redoma eclesiástica.
Hoje como pastores precisamos curar e unificar,pois somos responsáveis pelos que estão dentro da igreja como pelos que estão fora dela.Um pastor de verdade entende que uma sociedade deteriorada,não poderá oferecer nada a atual geração,ao contrário irá adoecê-la.
Num mundo onde não se tem respostas uma igreja inclusiva irá sobressair,espalhando seus pastores por vários pontos da sociedade,acabar com a hierarquia e focar nas funções,de forma que haja mais flexibilidade e menos centralidade,com mais cooperação e mutualidade.
Todos querem participar de algo que cause efeito,transcenda o comum e pra isso querem um guia ( pastor ),assim uma missão clara e instigante,com uma razão de ser,com um propósito deve percorrer toda a igreja,para isso precisa de verdadeiros pastores que saibam gerenciar e conduzir,que conheçam os valores da igreja,que saibam mobilizar as ovelhas em torno desses valores e as incorporem dentro dessa missão.
O mundo tem desejo ardente por idéias,essa é a razão de alguns best sellers : idéias,pois precisamos nos preocupar com o futuro da igreja e a mudança da situação.Precisamos como pastores abrir portas,lançar idéias,levantar bandeiras de sinalização e ajudar a sociedade ansiosa.
Precisamos como pastores sair das nossas torres de marfim e dedicarmo-nos aos outros,preocupando-nos profundamente por eles.O sucesso de um pastor é medido pelo impacto concreto do seu trabalho e saiba, as pessoas querem contribuir para um mundo melhor e isso tem sido uma premissa.
Quando provocamos esses espaços coisas surpreendentes acontecem.Há muita idéia boa na mente das pessoas,e abriremos a mente para assuntos que jamais sonhamos que iriam afetar as pessoas,assim muitos assuntos interligados a missão irão aparecer.
Vivemos tempos frágeis,logo não teremos respostas rápidas e fáceis,mas a autenticidade e a qualidade dessas respostas podem moldar o futuro.Assim precisamos ter como meta aumentar a qualidade dos pastores,estimulando-os a reflexão,apoiar a ação,trazer esperança e claro concentrá-los no propósito,pois somos julgados por eles.
Tentaremos aqui proporcionar conhecimento eficiente que transformem nossa maneira de pensar e agir.Nosso mundo é carregado de informações,o que torna essa tarefa mais difícil,mas espero que ao ler esse texto,você que é um pastor genuíno,não aceite nada menos que isso.
PASTORES E OVELHAS
1. LIÇÕES APRENDIDAS CO PASTORES QUE PASSARAM PELA MINHA VIDA
Os pastores com quem convivi eram muito diferentes,alguns exigentes,outros brilhantes,mas todos me ensinaram muito.
Meu primeiro pastor foi o Reverendo Neemias Alexandre,que era teólogo e psicólogo,pastor em uma pequena cidade no coração da Bahia: Ponte Nova,hoje Wagner.
Minha conversão ao cristianismo foi em 1979,após uma adolescência conturbada.
Meu segundo pastor foi o apóstolo Sandro Murilo,também teólogo e militar,pastor na cidade de Goiania na Comunidade Cristã Fome e Sede de Deus.Essa faceta militar dele me fez aprender mais com ele do que com qualquer outra pessoa.Minha ida paa essa comunidade foi também após um processo complicado da minha vida
Tive o privilégio de conviver com vários outros pastores,com os quais também aprendi muito e irei resumir algumas lições aprendidas com todos eles :
A. TRATAR AS PESSOAS DE MANEIRA DIFERENCIADA COM BASE EM SEUS PONTOS FORTES
Reverendo Neemias sempre me deu oportunidade,como se eu nunca fosse principiante e em minhas ferias do curso de teologia,entregava a igreja nas minhas mãos,eu um seminarista de 18 anos incompletos.
Eu pegava as apostilas das disciplinas do seminário e ministrava aos jovens convertidos da época e qualquer dúvida sobre os assuntos,deixava pra ele(Rev Neemias) resolver quando chegasse,mas ele nada respondia pois confiava e apenas exortava pra que eu pesquisasse.
Nessa época havia mais alguns candidatos ao seminário e ele tratava cada um de um jeito,ou seja o jeito que cada um precisava ser tratado,para mim era injusto,pois era bem exigente comigo.
Olhava para as pessoas,avaliava suas personalidades e o que elas deveriam estar fazendo,e ,depois, fazia exigências de acordo com o nível do chamado,mas sempre além da nossa capacidade,não parando até que alcançássemos certa qualidade no ministério.
B. ESTABELECER PADRÕES ALTOS,MAS CONCEDER ÀS PESSOAS LIBERDADE E AUTONOMIA PARA REALIZAR AS TAREFAS
Como disse acima eu tinha 17 e iria completar 18 anos,minhas discipuladoras tinham 6 a 8 anos a amais que eu,e os presbíteros todos de avançada idade.Eu era uma espécie de menino prodígio,então eu era um desbravador,pois na época muita coisa era proibida,mas o Reverendo Neemias sempre aprovava minhas inovações e deixou muitas tarefas por minha conta.
As exigências eram grandes e me obrigavam a ser diligente,mas permitia que eu fosse criativo,sem jamais abusar da sua autoridade ou usá-la de maneira insensata,mas com base na responsabilidade e na obtenção de resultados.
C. REVISAR O DESEMPENHO DE MANEIRA HONESTA,RIGOROSO E PARTE INTEGRANTE DO TRABALHO
O pastor Sandro Murilo adotava um modelo de avaliação de desempenho muito eficiente,com momentos que chamo de "oficiosos",num bate papo bem informal,sem muito horário para terminar,gostando de ouvir um relatório.Expunha o que eu achava que tinha feito muito bem,do que pensava que precisava melhorar,onde falhei e o qe podías aprender com nossos erros e com os erros dos outros.
Não era uma revisão da minha atuação,mas da atuação em si.Geralmente ele me ouvia por um bom tempo,ele anotava,nada dizia,eu fazia perguntas,ele as devolvia par ouvir uma espécie de comentário sobre mim mesmo.Não olhava nossas anotações e eu amava pois aprendia sobre a minha situação e como melhorar.
Não era uma revisão da minha atuação,mas da atuação em si.Geralmente ele me ouvia por um bom tempo,ele anotava,nada dizia,eu fazia perguntas,ele as devolvia par ouvir uma espécie de comentário sobre mim mesmo.Não olhava nossas anotações e eu amava pois aprendia sobre a minha situação e como melhorar.
D. PESSOAS APRENDEM MAIS QUANDO ENSINAM
Se existe algo que amei nesses dois pastores foi esse ponto: o pastor Sandro era mais de falat sobre sua visão do mundo do que o Reverendo Neemias e me usava como platéia,decorrendo no meio da conversa seu modo de pensar.Falava do mesmo assunto inúmeras vezes.Aprendi muito ouvindo-o e com o Reverendo Neemias vendo-o como trabalhava: Pastor Sandro uma mente excepcional, Reverendo uma ação excepcional.
Ambos eram rigorosos e claros com eles mesmos.Em suas orientações,eu com uma arrogância da juventude não concordava,mas ambos usaram suas influências para que eu me dedicasse mais aos estudos.
Creio que em nossas conversas,eles aprenderam mais do que eu,pois ensinavam-me,eu apenas permitia que eles trabalhassem suas ideias.
C. PASTORES EFICAZES MERECEM RESPEITO MAS NÃO É PRECISO TÊ-LOS COMO ÍDOLOS
Tenho esses pastores como amigos e merecem todo meu respeito,mas jamais posso idolatrá-los,além disso eram de um caráter irrefutável,prontos e exercerem uma disciplina sempre que necessária.Onde há uma paixão exacerbada,decisões tornam-se dificeis,e nunca deve haver decisões com base em sentimentos,isso é irrelevante em decisões.
Líderes como estes,em qualquer momento da vida são corteses e sempre fazendo o trabalho deles:fazer-me desempenhar bem minha função e ser responsável.
Sabiam por intuição tornar eficaz meus pontos fortes e irrelevantes meus pontos fracos e com certeza esta foi a a maior lição que aprendi com esses dois servos de Deus.
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